sexta-feira, outubro 28, 2005

Caminhos cerrados

Caminhando indefinidamente
por espaços miúdos, cerrados
úmidos e belos.
Indago-me sobre existências
e por que não, ausências.
Tristes melancolias que me seguem,
sorrateiramente grudam
como coleira em cão indomado,
isto me sufoca, oprime.
Impressionantemente
imagens surgem em minha mente...
lembranças, sonhos e pesadelos
que de forma angustiante
se apoderam de mim,
um vil transeunte por estes campos
campos desconhecidos, sombrios
que me suscitam admiração.
Ao barulho de folhas pisadas
a solidão torna-se confortante
mais que isso, preponderante
nesta fuga interminável
de um ser preso a memórias.
Melancólicas memórias...