quarta-feira, agosto 24, 2005

Esperanças

Este sim tinha do futuro esperanças
Não sei de onde as tirava
Talvez de sua fé nas crianças
Sempre bem acompanhado, sonhava
Com dias melhores para os que o cercam
Os pequeninos resumiam toda sua alegria
Pois estes emoções lhe traziam
Neste velho coração que insiste em bater
Em seu rosto o sorriso brota facilmente
Percebe à sua volta, eles a correr
Invariavelmente, lembranças renascem
Esquecidas, ressurgem com vigor
Com mesmo furor daqueles à sua volta
Fazendo sua mais importante escolta
Exibindo de forma pueril
Um respeito senil
Àquele que lhes parecem cansado
Pelo tempo incomodado
Mas, que dentro bate um coração
Que, pelo menos, metaforicamente
Pulsa no mesmo rítmo dos seus
Com paixão pela vida, e incessantemente
Compaixão pelos outros
E isto ele reconheceu aos poucos
Justo agora, como o maior dos ensinamentos
Percebendo aproximar-se o fim
No seu melhor momento
Com seu sorriso habitual
Espera como natural
O destino que tem de se cumprir

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