segunda-feira, agosto 22, 2005

Incontestabilidade

Descrevia sua vida como se fosse a melhor
Direcionava o destino alheio sarcasticamente
Supunha serem seus apontamentos os de um grão-mor
Mas, nunca refletia em seus atos sabiamente
Suas palavras duras e rígidas
Massacravam alguns
Como má sorte insípida
Apologias inexistentes
Sabia, mas não reconhecia
Amadorismo latente?
Sua arrogância lhe ofuscara a sabedoria
Companhia incômoda, má vinda
Seu sorriso, mentiroso...
Amargava ainda mais sua presença
Sua platéia incomodada
Não ousava enfrentá-la
Seu passado incontestável
Impediam-lhes de sufocá-la
Por mais abominável que fosse
Estava presente em cada vila
Vilas de vidas miseráveis, estreitas
Ceifadas como que por uma foice
Por esta onipotente, a sua espreita
Ainda esperam por um coice
Banindo de uma vez
Esta miserável que aparece
Para levar os mais fracos de tez
E que para salvar nem por prece
Ela, a morte, sempre se apetece.

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